28 de novembro de 2008

Pequenos problemas

Tem dias que a gente acha que nossa vida é uma droga. Que nada dá certo, que as coisas podiam ser melhores.
Há algum tempo parei de pensar assim. Tudo bem, confesso, sou humana, tem horas que gostaria que algumas coisas fossem diferentes, mas não reclamo mais.
Criei consciência de que mereço tudo que tenho. As coisas boas e as não tão boas assim. Por quê? Porque tenho livre arbítrio e tudo é consequência dos meus atos e das minhas escolhas.
Minha irmã me descreveu bem em seu post, vivo o presente.
Parei com crises de ansiedade pensando no que vai ser do futuro e de ficar remoendo o passado. Passou, não vai mudar e o que ainda vem, não há como saber. Pronto!
O que importa de verdade é que tenho saúde, pernas e braços que me permitem trabalhar para melhorar. Tenho família, tenho irmãs saudáveis, pais jovens e dispostos.
Tenho uma filha perfeita, inteligente, que corre, que brinca, que fala, que vê. Tenho um marido que me ama, que cuida de mim, que me dá o mundo, se eu quiser.
Tenho uma casa bacana, um carro bacana, mas isso não é o mais importante e sim ter tido forças para batalhar e conquistar tudo isso.
Reclamar do quê?
Um grande exemplo que levarei para o resto da minha vida, será o da minha avó materna. Podia o mundo estar caindo na cabeça dela, netos pra criar, filhos solteiros que davam muito trabalho, aluguel caro pra pagar, problemas de saúde, dificuldade para andar e ainda assim, todas as vezes que chegava na casa dela e perguntava se estava tudo bem, a resposta era sempre a mesma: " Graças a Deus está tudo bem, filha".
Nunca a vi ou ouvi reclamar de nada. Nunca.
Há pouco, vi uma reportagem sobre a tragédia em Santa Catarina. As pessoas em suas casas destruídas, que perderam tudo, familiares inclusive e a repórter perguntava o que seria agora, com lágrimas nos olhos os entrevistados ainda tinham forças de dizer que agora era reconstruir tudo e prosseguir a vida. E vão! Porque sabem que com essa atitude vão ter tudo de volta. O que não acontecerá se ficarem apenas reclamando do que lhes aconteceu.
Choram, mas não reclamam, apenas têm fé e forças pra continuar.
Daí percebo que pequenos problemas não são nada perto da dor de quem perdeu tudo. De quem perdeu algum familiar. Não são nada perto da dor de uma mãe que vê seu filho numa cama de hospital, perto da dor de uma mãe que vê seu filho passar fome, perto da dor de uma mãe que nunca verá seu filho, correr, pular, falar...
Pequenos problemas não são nada, perto do sofrimento de um pai de família que não consegue emprego pra poder sustentá-la. Não são nada, perto da tristeza de não ter pai, nem mãe pra te ajudar a resolvê-los...
Pequenos problemas, servem apenas para pensarmos no que podemos mudar. Tenho agora a sensação de que a solução está ao alcance das nossas mãos, basta termos vontade de mudar e melhorar, ao invés de ficarmos apenas reclamando.

17 de novembro de 2008

Rotina nova

Minha vida está assim agora...
Tira caixa uma do caminho, "mãe quero ir pra piscina..."
Guarda um pouco da bagunça..."quero ir pra piscina"
"Hoje tá sol!!! Mãe, quero ir pra piscina..."
"Não pode, vc tá gripada."
"Mas por quê???" (Ela aprendeu falar "por quê" antes de aprender falar mamãe!)
"Já te expliquei, vc tá gripada!"
"Quero ir pra piscina!!!"
"Vai pedir pro seu pai".
" Ah! Fala com sua mãe..."
Acho que minha filha era um peixe na outra encarnação, não é possível!!! Se ela puder passar o dia inteiro dentro d'água estaria feliz...
Enquanto isso...
A mesa nova tem que ser trocada, a loja tá enrolando. As cadeiras vieram na cor errada, ninguém merece.
Sumiu o carregador do meu celular, ainda não instalaram meu telefone.
Tô sem internet, não posso atualizar o blog sempre.
Não consigo arrumar lugar pra tanta coisa.
A vizinha quer fazer amizade e fazer aulas comigo na academia!Pensamento: Tá me chamando de gorda?!!!
Afe!!!
Falta: comprar um monte de coisa, arrumar um monte de coisa e me adaptar à um monte de coisa.
Por enquanto, sou obrigada a ouvir todos os dias e horas o: "Mãe, tá sol? Quero ir pra piscina!"

5 de novembro de 2008

Sentirei falta...

Do seu "Oi família..."

Da sua cara emburrada nos dias de TPM...

Dos filminhos românticos cheios de suspiros pelo mocinho...

Das torradinhas com café com leite de madrugada...

Das conversas à beira do fogão...

Das nossas divergências sobre com quem o Derek devia ficar, se com a Meredith ou a "diaba" da mulher dele...rsrs...

De fazer cafuné mesmo quando não estava muito afim...

De usar suas roupas...

De bagunçar seus potes dentro do armário...

De deixar o fio da torradeira solto, pra vc ficar brava e implicar...

De amontoar sua roupa passada na sua cama e te obrigar à guardá-las antes de dormir...

De ouvir suas risadas com a Lili durante o banho, enquanto ela te dava aulas de ciência...

De ficar com os dedos verdes por causa daquele produto para os cabelos...

Do assistir aquele programa das terças e ficar decidindo qual foi o mais romântico...

De ver você ficar brava com a muvuca no quarto, enquanto os três discutem por causa do vídeo-game

Do seu dvd daquela dupla sertaneja que eu odiava e agora sei todas as músicas decor...

Da sua torradeira...

Dos ataques de riso no elevador...

Das horas e horas que ficamos bordando toalhinhas para o enxoval da nossa sobrinha...

Enfim, de todas as coisas que não tivemos chance de compartilhar antes e compartilhamos agora.

Foi bom saber que podemos contar com você e saiba que pode contar com a gente pra sempre, pra tudo...

Valeu pela acolhida, pela paciência, pelas bagunças, por tudo.

Te amo demais.