22 de março de 2011

E se não...

Acho assim, pra bom entendedor, meia palavra basta.

11 de março de 2011

Coragem

Quando você está no colégio, no alto dos seus 15 anos de idade, qualquer garoto alto de olhos claros é um príncipe encantado. E ele era "o" príncipe encantado.

Acho que era um ano mais velho do que eu e tinha acabado de ser expulso de um dos colégios católicos mais tradicionais da cidade.

O alarme deveria tocar, tipo: " não deve ser flor que se cheire", mas ele era lindo. Tinha um sorriso de amolecer as pernas e eu ali, curtindo uma paixonite crônica, tentando deixá-la bem escondida por baixo dos panos, mas é claro que ele devia perceber meus olhinhos brilhando quando ele entrava na sala de aula.

Ele era engraçado, divertido, não estava nem aí com as aulas, professores, matérias. Ele odiava tudo aquilo, era um "Bon vivant".

E eu, depois de tantos anos carregando o rótulo de CDF da escola na testa, a menininha comportada que sempre tirou as melhores notas, resolvi que deveria aproveitar e me divertir um pouco, afinal estava no colégio, tinha 15 anos e a escola ficava a uns bons quilómetros de casa e minha mãe nunca ia ficar sabendo.

Então, foi com ele que "matei aula" a primeira vez. Pulando o muro da escola, um muro super alto com ele me colocando nos ombros pra eu descer do outro lado. Foi muito engraçado. Ele ria, eu me desequilibrava, pendurada nele, tentando não me espatifar do outro lado do muro.

Fora da escola, saímos correndo, livres, rindo como tontos...Foi maravilhosa a sensação de liberdade. Descemos caminhando até o centro da cidade, cantado, ele adorava Legião.

Acontece que um dia ele sumiu. Não apareceu um, dois dias à escola, passaram-se meses e nada dele. Uma menina que o conhecia disse que ficou sabendo que ele abandonou a escola.

Fiquei muito triste. Nada mais de ficar toda manhã esperando ele entrar na classe, jogar os livros na mesa e lançar um "daqueles" sorrisos de bom dia.

Passados todos esses anos, nunca mais soube dele, só me lembrava do seu sorriso arrabatador, dos olhos azuis e de como ele mexeu com o meu coração adolescente. Ficava apenas imaginando o que deveria ter sido dele, afinal abandonou os estudos, odiava a escola...pensava comigo que ele não devia ter ido muito longe.

Até que lembrei que inventaram o "Facebook" (ohhhh!!!) e resolvi procurá-lo. Só me lembrava do seu primeiro nome e haviam "trocentas" pessoas que se chamavam como ele. Aí lembrei do nome e sobrenome daquela amiga dele que tinha dado a notícia do seu sumiço e pensei que ele talvez estivesse entre seus contatos.

Estava.

Lindo.

Quero dizer, mais lindo.

E assim fiquei sabendo um pouco do que aconteceu com ele depois que saiu da escola. Ele terminou o colégio em outra cidade, entrou para a faculdade de arquitetura, mas trancou matrícula em seguida e foi morar em Barcelona.

Lá ele trabalhava com restauração de obras de arte (nossa, é demais, amoooo obras de arte!). Terminou a faculdade de arquitetura e agora ganha a vida como fotógrafo. Trabalha com fotógrafos renomados, o site dele tem fotos incríveis.

Eu tinha certeza que ele não seria um engravatado, um executivo, um advogado. Sua alma é livre e nada disso iria prendê-lo.

Fez tudo aquilo que teve vontade na vida e se tornou dono do seu destino. Isso só fez com que o admirasse ainda mais, não só por sua beleza, como na adolescência, mas pela coragem de cair de cabeça da vida, realizar seus sonhos e fazer tudo aquilo que lhe fazia feliz.

Queria ter sido tão corajosa quanto você.

23 de fevereiro de 2011

Da série: Você não sabe o que me aconteceu hoje!


Atropelei um besouro. Mas não é qualquer besouro, um desses enormes que tem chifrinhos e tudo, um escaravelho na verdade, igual esse aí acima.

Mas vou contar do começo. Esse bicho, enoooorme diga-se de passagem, apareceu na minha vaga de estacionamento no condomínio. Todo dia dessa semana eu chegava e o bicho lá, tinha andado dois passinhos pra cá, outro dia dois pra lá, mas não saia dali.

Minha filha estava morrendo de medo dele, um dia fingi que ele tinha seguido a gente até o elevador e ela começou chorar, tive que provar que o bicho não sai do lugar.

Acontece que hoje ao chegar em casa, estacionando ouvi um "creck". Pensa numa criança "macha"!!! Começou chorar dizendo que eu sou desalmada, que mato os bichinhos e que o papai do céu podia até me perdoar por ter matado aquela mosca outro dia, mas dessa vez eu não ia escapar!

Pensa! Fui condenada ao mármore do inferno "zoo" por ter esmagado o tal besouro!!!

Meu Deus! Em que mundo nós vivemos!!!...rsrsrs...

22 de fevereiro de 2011

Travada geral

Vamos falar sério. Travei.

Isso, travei geral, não sei se porque descobri tempos atrás que, além da minha irmã querida que tem blog por aqui, eu não era apenas um rosto no orkut para alguém que andava seguindo o meu blog.

Mas por quê? Não sei, essa curiosidade de saber que alguém da minha cidade, que provavelmente me conhece entrava neste blog todos os dias religiosamente pelo " br ask" (???) para ver o que eu tinha pra dizer.

Me deu uma paranóia tipo: devo dizer o que estou pensando? E se essa pessoa, que eu não faço a mínima idéia de quem seja, contar isso para alguém???

Credo, me senti invadida, vigiada.

Mas agora tomei uma decisão. Esse espaço é meu, digo aqui o que quiser, não é???

Sei lá se essa pessoa continua passando por aqui, se for conhecida, minha amiga, se apresente, comente meus textos, vamos trocar idéias! Mas sinceramente? Não pretendo nem olhar mais os relatórios do stat counter pra não ficar louca!!!

Agora quer saber? Nesses meses longe, consegui pensar que o que importa é colocar pra fora e às vezes, não temos um ouvido pra fazer de penico e aqui é o meu canto pra fazer isso.

Portanto, vamos lá, vamos colocar essa bangunça toda pra circular.

18 de fevereiro de 2011

Um longo inverno

Tá, estamos no verão, aqueeele verão!!! Mas minha vontade de escrever estava hibernando, quieta dentro de mim, esperando uma horinha para dar as caras.

Queria muito voltar a escrever, falar de tudo, contar tudo, voltar à tona...

Enfim, estou aqui, buscando inspiração, tentando digitar algumas poucas linhas para ver se algo dentro de mim sobrevive.

Espero voltar sempre, sempre que puder, sempre que quiser.

Espero voltar à tona, sempre que possível.