4 de agosto de 2009

Não quero mais isso!

Fui criada com um ideal de honestidade.
A primeira lembrança que tenho de que devemos ser honestos, de que não devemos nos apossarmos do que não nos pertence e que não é legal querer se dar bem sobre o prejuízo alheio, eu tinha uns 07 anos. Nunca vou me esquecer quando nessa idade, um dia cheguei em casa com uma bolsinha que encontrei no banheiro da escola, caida no chão, esquecida.
Para mim, criança era aquilo, achei é minha.
Quando cheguei em casa toda faceirinha mostrando a bolsinha que tinha encontrado, minha mãe fez um escândalo, achando que eu tinha me apossado da bolsinha de alguma amiguinha e não adiantou explicar que achei a bolsa vazia e sem dona no banheiro. No dia seguinte ela foi pessoalmente na escola devolver e aquilo me marcou pra sempre. Nunca mais quis nada que não fosse meu.
Meus pais sempre me deram exemplo de dignidade.
Não posso dizer o mesmo de certas mães que conheço por aí.
Ocorre que conheço uma pessoa cuja mãe sempre quis dar uma de espertona. Fazia negócios obscuros cujo único objetivo era se dar bem. Achava bonito, vender suas roupas usadas, por exemplo, por preços exorbitantes, colocando etiquetas de novas e dando a entender que eram roupas de boutique.
Pior é que eram da lojinha de fábrica ali da esquina, onde qualquer um comprava o mesmo casaco que ela tinha vendido por suaves parcelas de R$50,00, por apenas uma parcela do mesmo valor.
Ridículo.
Estou revoltada, porque convivo com o filho dessa criatura e infelizmente esse senso de oportunismo parece estar encrustrado nele. Essa mania de querer se dar bem a qualquer custo, de achar que dá sempre pra ganhar uma graninha em cima de qualquer coisa, me incomoda, me agride.
Não quero nada que não é meu. Se não comprei, não paguei, não é meu. Eu não quero.
Odeio espertinhos.

Um comentário:

Anônimo disse...
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